Uma ocorrência, uma reportagem, e nós, controladores de tráfego aéreo, voltamos aos noticiários. Que bom que dessa vez tivemos o merecido reconhecimento da importância de nossa atividade. Mas há alguma coisa errada nessa interpretação de que um “controlador jurássico” foi a salvação da lavoura. Alegam alguns que, se não houvesse um velhinho por lá a coisa teria desandado e outro grande acidente aéreo teria ocorrido. A frase seria mais bem formulada e aceita se trouxesse a seguinte mensagem: “Controlador de Tráfego Aéreo muito bem preparado contribuiu de forma decisiva para que o GOLXXXX chegasse ao destino com segurança”. Vocês acham que o meu amigo Blancoechea atingiu sua maturidade operacional aos 30 anos de serviço? Blanco é do tempo que controladores, assim como todas as demais especialidades da FAB concorriam a uma pré-seleção vocacional para abraçar qualquer atividade que fosse. Bem selecionado, bem instruído e peça de uma educação continuada, Blanco, assim como todos da época atingiam sua maturidade operacional em três anos, sendo capazes de assumir funções múltiplas sem qualquer restrição. Uma coisa é ser um profissional antigo para assumir responsabilidades sobre um grupo. Outra é ser bem preparado para assumir suas próprias responsabilidades.
O maior problema da chegada da classe NG de controladores, não é a tecnologia associada à experiência nesse status quo, e sim à transição do atual modus técnico-operacional para novos equipamentos, e, a mudança do conceito de “controle” para “gerenciamento” de voos.
Que a transição do “labor ATC para ATM” no espaço aéreo brasileiro seja feita com vistas a aproveitar essa mão de obra “jurássica” a espargir o conhecimento, antes que um meteoro os faça desaparecer e as respostas só possam se encontradas nos manuscritos dos corroídos e empoeirados Livros de Registro de Ocorrências.
Aproveitando o ensejo, quero parabenizar ao meu amigo de console, de condomínio, de truco, de missões externas e para todas as horas. Parabéns Blanco. Haveremos de resgatar o orgulho profissional que injustamente nos sonegaram.
O maior problema da chegada da classe NG de controladores, não é a tecnologia associada à experiência nesse status quo, e sim à transição do atual modus técnico-operacional para novos equipamentos, e, a mudança do conceito de “controle” para “gerenciamento” de voos.
Que a transição do “labor ATC para ATM” no espaço aéreo brasileiro seja feita com vistas a aproveitar essa mão de obra “jurássica” a espargir o conhecimento, antes que um meteoro os faça desaparecer e as respostas só possam se encontradas nos manuscritos dos corroídos e empoeirados Livros de Registro de Ocorrências.
Aproveitando o ensejo, quero parabenizar ao meu amigo de console, de condomínio, de truco, de missões externas e para todas as horas. Parabéns Blanco. Haveremos de resgatar o orgulho profissional que injustamente nos sonegaram.
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